quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Oprimir, ofender, ouvir...




Hoje um colega de trabalho se disse frustrado porque acha que as pessoas o odeiam por ele ter orgulho de ser hetero.

Não me lembro exatamente agora do que eu respondi mas estive pensando numa resposta melhor.
Eu não acredito que seja errado ele ter orgulho de ser hetero. Pelo contrário, eu o apoio, eu o saúdo, eu aceito qualquer aspecto de sua personalidade uma vez que este, seja positivo e benéfico.

No entanto, eu acho que esse colega de trabalho se confundiu. As pessoas não tem raiva dele por ele ter orgulho de ser hetero. Elas tem raiva por ele ter orgulho de ser opressor.

Ter orgulho de ser hetero, não é sinônimo de ter orgulho de ser homofóbico, ou transfóbico, ou machista.

Até porque, um hetero bem resolvido não se sente incomodado com as escolhas ou vivências alheias, ele está bem consigo mesmo, e nada abala a serenidade do seu ser.

Porque então esse meu colega teria de de preocupar com as pessoas divergentes que o rodeiam? E pior, se preocupar com a maneira como elas conduzem a própria vida?

Porque ele não redireciona toda a energia e dedicação usadas nesse monitoramento compulsório do comportamento alheio para algo que faça bem para ele mesmo?

Isso me faz refletir, sobre a posição social em que cada um se encontra, de forma que, uma pessoa, do alto de seus privilégios de homem hetero, cisgenero, não consegue lidar com um pequeno conflito de opiniões.

Levando em consideração a vivência de cada um, o que a sociedade impõe e/ou destina para cada um, fica muito claro de se compreender quem realmente é a parcela mais "fraca" da sociedade.

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